MAPEANDO TENDÊNCIAS: DISCUSSÕES E REFLEXÕES SOBRE SERVIÇOS E ATENDIMENTOS EDUCATIVOS PARA JOVENS E ADULTOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS BRASILEIRAS (2015-2022)
Deficiência Intelectual. Serviços e Atendimentos Educativos. Jovens e Adultos. Educação Especial. Inclusão.
O presente estudo tem por objetivo analisar o que as discussões nas produções acadêmicas brasileiras revelam sobre o desenvolvimento de serviços e/ou atendimentos educativos que envolvam jovens e adultos com deficiência intelectual. Concentrando-se em 41 teses e dissertações extraídas da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e do Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a pesquisa empregou uma abordagem qualitativa, articulando o Estado do Conhecimento (Morosini; Kohls-Santos; Bittencourt, 2021) e a Análise de Conteúdo (Bardin, 2016). O referencial teórico do estudo intersecciona a produção social da normalidade com a evolução na percepção e conceituação da deficiência intelectual, explorando como essa dinâmica afeta a institucionalização da Educação Especial. Inicialmente, realizou-se um levantamento tendencial das produções, evidenciando uma concentração de estudos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, a diversidade dos programas de pós-graduação em educação que abordam a educação de pessoas com deficiência intelectual, a predominância de pesquisas focadas em adaptação e tecnologias de apoio à aprendizagem, além da prevalência de métodos qualitativos de investigação com o uso de entrevistas como principal técnica de coleta de dados. Posteriormente, o estudo buscou compreender as tendências, avanços e desafios na execução dos serviços educativos para esse público, com base nos atendimentos evidenciados nas pesquisas analisadas. Os resultados apontam para a existência de serviços e atendimentos educativos abrangentes para jovens e adultos com deficiência intelectual em diversos níveis e modalidades do sistema educacional brasileiro. Entretanto, identificaram-se desafios significativos, como as dificuldades na alfabetização, evidenciando obstáculos específicos nas competências de leitura e escrita. Destaca-se a necessidade de implementar mudanças pedagógicas que contemplem as particularidades desse público, além de superar divergências conceituais sobre a deficiência intelectual. Sublinha-se a importância de adotar práticas educacionais que valorizem a diversidade de aprendizado, promovendo uma educação verdadeiramente inclusiva e facilitando o desenvolvimento integral de jovens e adultos com deficiência intelectual.