DA PERIFERIA À ACADEMIA: ENTRE SINGULARIDADES, PLURALIDADES E A PRÁXIS EDUCATIVA
Auto)biografia. Identidade. Formação. Educação.
Esta dissertação desenvolve-se a partir da vertente da linha de pesquisa: “Processos formativos e políticas educacionais” do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto Federal Catarinense – PPGE-IFC, campus de Camboriú, e tem por objetivo: analisar como a (auto)biografia incide no processo da (re) construção da identidade, de uma profissional técnica administrativa em educação atuante no âmbito da educação profissional, científica e tecnológica. De abordagem qualitativa, a pesquisa está ancorada na perspectiva (auto)biográfica enquanto teoria e método de investigação, cujo Estado do conhecimento (MOROSINI; KOHLS-SANTOS; BITTENCOURT, 2021), pautou-se em discorrer sobre: A (auto)biografia no
processo formativo da (re)construção da identidade pessoal e profissional (SOUZA, 2004); (JOSSO, 2004; 2012a; 2014) e sobre os aspectos da Memória, espaços e temporalidades nas escritas de si (JOSSO, 2004; TUAN, 1983; BERGSON, 1999; 2006). Orientados pela questão de: como a (auto)biografia incide no processo da (re) construção da identidade de uma profissional técnica administrativa em educação atuante no âmbito da educação profissional, científica e tecnológica? Avançamos no desenvolvimento desta pesquisa em que desenvolvemos uma análise temática, a partir de três aspectos relacionais de formação, a saber: o universo das relações familiares compreendido como um contexto de formação; o processo de autonomização dos indivíduos perante as experiências adquiridas no contexto familiar; e a escola e a vida profissional como outro tempo relacional da história de vida (DOMINICÉ, 2014). Com base nestes aspectos, apresentamos experiências constituintes de minha identidade que perpassam minhas reminiscências da infância, família e escola, bem como os caminhos que me conduziram ao aqui e agora. Na articulação desta travessia narrativa, problematizamos as experiências decorridas nos espaços-tempo que percorri, dialogando principalmente com autores como: Josso (2004, 2014); Goffman (2015); Foucault (2014); Freire (2014; 2015), entre outros. Desenvolvemos uma escrita que transita entre a primeira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural, a fim de evidenciar minhas experiências singulares que se constroem a partir da relação com os Outros que estão envoltos em minha trajetória e no processo de elaboração desta pesquisa. Por fim, chegamos à conclusão de que as construções identitárias do (Eu) são representativas de um escopo social mais amplo, em que por meio do processo de reinventar o vivido podemos mudar a realidade em que estamos inseridos e potencializar no presente as ações que nos prospectam para o futuro.