Banca de DEFESA: MARIA DE FÁTIMA DA ROSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DE FÁTIMA DA ROSA
DATA : 21/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala F 106
TÍTULO:

GESTÃO ESCOLAR E INCLUSÃO: TRILHANDO CAMINHOS PARA UMA ESCOLA INCLUSIVA



PALAVRAS-CHAVES:

Gestão Escolar. Inclusão. Educação Especial. Formação Continuada


PÁGINAS: 225
RESUMO:

A pesquisa intitulada Gestão Escolar e Inclusão: Trilhando caminhos para uma escola inclusiva foi desenvolvida no Programa de Pós Graduação em Educação – Mestrado Acadêmico em Educação - PPGE /IFC Campus Camboriú, na linha de pesquisa Processos Educativos e Inclusão e realizada na rede municipal de ensino de Tijucas/SC. Neste estudo, entendemos a inclusão escolar como um direito de todos à educação pública de qualidade socialmente referenciada sendo que nosso objeto de estudo se caracteriza pela interface entre os campos de conhecimento Educação Especial e Gestão Escolar interrelacionada ao processo de inclusão de crianças e adolescentes com deficiência na rede regular de ensino. Os referenciais teóricos perpassaram os documentos legais e produções científicas que discutem a Gestão Escolar interseccionada com a Educação Especial. Ancorada nos estudos de Bordignon e Gracindo (2001), Ferreira (2001), Libâneo; Oliveira e Toschi (2012); Libâneo (2013) e Paro (2016) ponderamos que os gestores escolares têm possibilidades de criar uma cultura de escola inclusiva, ao materializar em ações cotidianas, o que está preconizado nas legislações vigentes. Contudo, inferimos que a condução de uma gestão democrática com perspectivas inclusivas não se efetiva sem conhecimentos práticos e teóricos das políticas educacionais, principalmente da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Para discutir inclusão escolar de crianças e adolescentes com deficiência na rede regular de ensino, utilizamos os estudos de Glat e Blanco (2009), Mazzotta (2011), Pletsch (2014), Mendes (2015), Nuernberg (2020) e Mantoan (2003; 2008; 2020). A pesquisa foi conduzida pela questão problema: como a formação continuada dos gestores escolares influencia no encaminhamento de ações geradoras de culturas e práticas inclusivas na rede municipal de Tijucas/ SC? O estudo teve como objetivo analisar em que medida a formação continuada dos gestores escolares pode contribuir para a efetivação de culturas e práticas de inclusão nas unidades escolares da rede municipal de ensino de Tijucas/SC. A pesquisa de abordagem qualitativa (MINAYO, 2000; LUDKE; ANDRÉ, 2013) apresenta elementos e características da Pesquisa Participante (GIL, 2010; THIOLLENT, 2011), uma vez que pesquisadoras e participantes/pesquisados(as) estão envolvidos(as), refletindo sobre a relação teoria e prática na busca por soluções para as situações reais evidenciadas no campo da pesquisa. A coleta de dados utilizou o questionário semiestruturado (SEVERINO, 2007) direcionado aos gestores, com a finalidade de levantar suas necessidades formativas, seguida pela observação participante (NETO, 2000; THIOLLENT, 2011) e pela análise documental (SEVERINO, 2007; LUDKE; ANDRÉ, 2013). A partir das análises dos dados levantados, realizamos uma formação continuada para os gestores contemplando as temáticas elencadas como suas necessidades formativas. Após a oferta da formação, realizamos uma entrevista coletiva com os gestores, possibilitada pelo procedimento técnico Grupo Focal (GATTI, 2005). As análises foram mediadas pela perspectiva analítica descritiva, crítica e interpretativa (TRIVIÑOS, 1987; ROSENTHAL, 2014). Dessa forma, após a triangulação dos dados, os resultados apontaram que os gestores escolares pesquisados(as) participantes deste estudo não conhecem as legislações educacionais, principalmente a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008; não se percebem como responsáveis pelo processo de inclusão das crianças e adolescentes com deficiência das suas unidades escolares; a materialização da política esbarra em diversos fatores que vão desde as questões históricas de exclusão e segregação da educabilidade das pessoas com deficiência, desenvolvida paralelamente ao ensino regular e que perpetuam estigmas que se constituem barreiras atitudes capacitistas; a modalidade Educação Especial ainda se encontra invisibilizada e secundarizada dentro do sistema municipal de ensino, refletindo esta invisibilidade nas ações e atitudes dos gestores escolares. Assim, continuamos vendo e ouvindo que a inclusão escolar continua como enunciados e anunciados nos discursos oficiais e longe de se efetivar em processos de aprendizagens significativos. Deste modo, os gestores transferem a responsabilidade para a Secretaria Municipal de Educação ou diretamente para os profissionais da Educação Especial que ali, atuam, incorrendo na tão discutida inclusão excludente. São comuns os discursos de que a escola não está preparada para receber o público alvo da educação Especial e asseveram que a teoria é distanciada da prática cotidiana. No entanto, entendemos que essas concepções servem para justificar incoerências nas suas ações. É fato, que sempre esperam por iniciativas externas para que mudanças aconteçam esquecendo-se, que como gestores, são articuladores deste processo.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2773007 - IDORLENE DA SILVA HOEPERS
Interna - 1755556 - FILOMENA LUCIA GOSSLER RODRIGUES DA SILVA
Externa à Instituição - TÁSIA FERNANDA WISCH - UFSM
Notícia cadastrada em: 23/05/2022 14:17
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