INSTITUCIONALIZAÇÃO DA INFÂNCIA: UMA ANÁLISE DE NARRATIVAS DE CRIANÇAS A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NA FAMÍLIA
NARRATIVAS INFANTIS. INSTITUCIONALIZAÇÃO DA INFÂNCIA. EDUCAÇÃO INFANTIL
Esta dissertação resulta de uma pesquisa de mestrado desenvolvida junto ao Programa de Pós Graduação em Educação do Instituto Federal Catarinense, na linha de pesquisa Processos Formativos e Políticas Educacionais. A pesquisa se inscreve no campo da educação em diálogo com/entre a sociologia da infância, a sociologia, a filosofia, a antropologia e, os desdobramentos desse percurso interdisciplinar, auxiliou na ampliação do entendimento de conceitos centrais ao estudo, como: criança, infância, narrativas infantis, institucionalização da infância, tecidos aos moldes de uma artesania etnográfica. Partiu se dessas prerrogativas teórico conceituais para o delineamento do objeto de preocupação desta pesquisa, que contorna a institucionalização da infância em espaço escolar a partir das perspectivas dos sujeitos que a habitam: as crianças. Decorre dessa compreensão a pergunta central desse estudo: a partir das narrativas das crianças, quais as perspectivas sobre o processo de institucionalização da infância em espaço escolar? Para percorrer essa questão, recorreu se à etnografia, com vistas à observação atenta e escuta sensível às narrativas das crianças de um agrupamento, nomeado Pré escolar de 5 a 6 anos, da Educação Infantil instalada em uma escola de Ensino Fundamental do município de Blumenau SC. Esta proposição atribui centralidade a sujeitos que, historicamente, foram marginalizados e colocados em posição de potencial humano e não como sujeitos no presente. As narrativa s das crianças nos aproximam dos seus diversos modos de experienciar tal institucionalização, dando a ver ajustamentos secundários, ou seja, os seus escapes à ordem instituída pelos adultos. Com esta pesquisa etnográfica com crianças e não sobre elas, é po ssível perceber que, ainda que se tenha demarcado um lugar institucionalizado à infância, as crianças, narradores das suas experiências, nos levam a pensar em uma nova institucionalização, comprometida com o respeito às suas múltiplas maneiras de pensar, s entir e expressar se, com a experiência da infância.