Banca de QUALIFICAÇÃO: DIMITRY MACEDONIO FRACARO BALDISSERA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.DISCENTE : DIMITRY MACEDONIO FRACARO BALDISSERA
DATA : 13/12/2019
HORA: 16:00
LOCAL: IFC Campus Concórdia
TÍTULO:
INTERVALO DE REFERÊNCIA DA RELAÇÃO CITRATO/CREATININA EM AMOSTRAS DE URINA ISOLADA DE CÃES HÍGIDOS
PALAVRAS-CHAVES:
Hipocitratúria, urinálise, urolitíase, inibidores da cristalização, ácido cítrico.
PÁGINAS: 45
RESUMO:
A relação citrato/creatinina serve como marcador de hipocitratúria no auxílio diagnóstico da urolitíase em humanos. A urolitíase é a terceira doença mais importante do sistema urinário de caninos domésticos, fatores como a diminuição na concentração de inibidores da cristalização urinária, aumentam progressivamente o risco de formação de urólitos, sendo de grande relevância no auxílio diagnóstico a utilização de exames laboratoriais para avaliar casos de urolitíase. O citrato urinário na medicina humana age como um inibidor da formação de cálculos de oxalato de cálcio, sendo que, a excreção de citrato urinário baixo (hipocitratúria) é um fator de risco bem aceito para a formação de urólitos. O objetivo do trabalho foi determinar o intervalo de referência da relação citrato/creatinina em amostras de urina ao acaso em cães hígidos. Até o momento, totalizaram 34 amostras de urina isolada colhidas por cistocentese ou micção espontânea de cães atendidos no Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas do IFC- Campus Concórdia e na clínica veterinária particular “Le-Petit”, ambas em Concórdia-SC. Para isso, os animais foram distribuídos em grupos de acordo com o gênero, Grupo I (machos n=12), Grupo II (fêmeas n=22) e por faixa etário, Grupo III (adultos n=19) e Grupo IV (senil n=15). Após a coleta, as amostras foram refrigeradas a 8ºC, sendo que cada amostra foi transportada em até 72 horas após a coleta ao “Laboratório Analic”, situado em Concórdia, onde foram submetidas imediatamente às análises físico-químicas e de sedimento urinário, automatizados, para descartar presença de proteinúria, bem como a presença de hematúria, leucocitúria, bacteriúria, cristalúria e cilindrúria, as amostras que apresentaram algumas dessas anormalidades foram descartadas do estudo. Em seguida, as amostras foram transportadas refrigeradas, acidificadas com ácido clorídrico a 50% e envidas ao Instituto Hermes Pardini em Belo Horizonte- MG, onde foram analisadas as quantificações dos níveis de citrato, creatinina e feito o cálculo da relação citrato/creatinina pelo setor de veterinária. Os dados foram submetidos à análise estatística para cálculo de média, desvio padrão, mediana e coeficiente de variação das variáveis analisadas, sendo utilizado teste de Kruskal Wallis para as variáveis não paramétricas. Os doze cães incluídos no Grupo I apresentaram média de idade em 8,25±2,98 anos e mediana para os níveis de citrato urinário em 5,2 mg/dL, níveis de creatinina urinária em 56,45 mg/dL e relação citrato/creatinina de 0,15, o Grupo II: 9,81±4,79, 10,9, 93,0 e 0,12, Grupo III: 6,21±2,48, 6,6, 58,5 e 0,11 e o Grupo IV: 13,13±2,50, 11,7, 82,3 e 0,13, respectivamente. Os dados mostram que os cães machos apresentaram os menores níveis de citrato e creatinina urinária, quando comparados com as fêmeas, embora a diferença não tenha sido estatisticamente significativa. O mesmo ocorre quando comparamos os cães adultos com os senis, isso corrobora estudos que apontam uma maior incidência de urolitíase em cães machos, bem como, níveis de citrato urinário baixo em humanos do sexo masculino. Os valores das relações citrato/creatinina também não apresentaram diferenças estatísticas significativas quando comparadas entre os grupos, indicando um intervalo de referência único para cães, similar ao que ocorre na medicina humana.
MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1989957 - ALESSANDRA FARIAS MILLEZI
Interno - 2017813 - RICARDO EVANDRO MENDES
Presidente - 1081425 - TEANE MILAGRES AUGUSTO GOMES