Fatores de risco associados à problemas locomotores em frangos de corte
Avicultura, mortalidade, bem-estar, estatística, ambiência.
O Brasil figura na segunda posição do ranking de produção de frangos de corte, gerando renda para milhares de envolvidos com a produção. As perdas por mortalidade na avicultura geram impacto econômico da ordem de um quarto de bilhão de Reais para cada ponto percentual de mortalidade. A utilização de genética direcionada ao desempenho zootécnico e rendimento de carcaça trouxeram enormes avanços no desenvolvimento do produto, desempenho genético e zootécnico e alguns efeitos colaterais, entre os quais, a presença dos problemas locomotores, o que significa aumento de taxas de mortalidade por sacrifício. Entre os problemas locomotores dos frangos de corte, encontram-se na literatura diversas síndromes de origem genético/metabólicas, bem como condições infecciosas. Através da análise dos dados de registros de 100 lotes de frangos de corte totalizando 2,63 milhões de aves alojadas em um sistema de produção real sob variações de campo, o presente trabalho teve como objetivo estudar a ocorrência de problemas locomotores de modo a reduzir o impacto na mortalidade por eliminação e o impacto sobre o bem-estar animal, através de um modelo estatístico. A mortalidade por problemas locomotores se demonstrou diretamente correlacionada com o índice de mortalidade ao final do lote na ordem de 58% e com a qualidade de cama em 19%. A distribuição das ocorrências se demonstrou maior na primeira semana e na semana pré-abate. O método empírico de GAIT SCORE descrito pela universidade de Bristol não se demonstrou como um modelo eficiente, possivelmente devido a variabilidade de entendimento da aplicação da avaliação.