PGPSA/ARAQ ARAQUARI- C.C. PÓS-GRAD PROD.SAN.ANIMAL ARAQUARI - COORD. PESQUISA E INOVAÇÃO Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: DIEGO RODRIGO TORRES SEVERO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIEGO RODRIGO TORRES SEVERO
DATA : 07/11/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Embrapa Suínos e Aves – Concórdia
TÍTULO:


PERFIL SANITÁRIO DE JAVALIS (SUS SCROFA) EM VIDA LIVRE ABATIDOS PARA CONTROLE POPULACIONAL NO ESTADO DE SANTA CATARINA, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

amostras, agentes, patógenos, necropsias, saúde pública.


PÁGINAS: 45
RESUMO:

Os javalis representam potencial fonte de disseminação de agentes patogênicos de importância para a saúde pública e animal, uma vez que podem ser reservatórios de diversos patógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil sanitário de javalis abatidos para controle populacional no estado de Santa Catarina, situado na região sul do Brasil. Para a realização desse estudo foram colhidas amostras de tecido e soro sanguíneo de 61 javalis de vida livre, abatidos para controle populacional, no período de outubro de 2017 a novembro de 2018. As 61 amostras de soro sanguíneo foram submetidas à pesquisa de anticorpos por diferentes ensaios, obtendo-se a seguinte soroprevalência: circovírus suíno tipo 2 (52%), Mycoplasma hyopneumoniae (20%), vírus da Influenza A (10%), Leptospira spp. (21%) e vírus da Hepatite E (14%). Para Brucella spp. e Peste Suína Clássica não houve sororreagentes. Nas necropsias, as principais lesões observadas foram evidências de parasitas pulmonares (metastrongilídeos), linfonodos hemorrágicos e manchas brancacentas no fígado.  As análises histopatológicas evidenciaram principalmente pneumonia intersticial, broncopneumonia e hiperplasia de BALT. Houve associação significativa entre parasitismo pulmonar por metastrongilídeos e hiperplasia de BALT. Os achados patológicos dos javalis indicam que os indivíduos avaliados não foram expostos à patógenos/doenças notificáveis, que causam prejuízos econômicos por barreiras comerciais não tarifárias, como Peste Suína Clássica, Peste Suína Africana e Febre Aftosa. Contudo, a detecção de anticorpos, contra PCV2 e Mhyo, patógenos que impactam a produção comercial, indica a circulação desses agentes, variando em frequência, nas populações selvagens, o que caracteriza potencial risco de transmissão de doenças/patógenos entre as populações de suínos domésticos e de vida livre em ambas as direções. A detecção de anticorpos contra agentes zoonóticos como vírus da hepatite E, vírus da Influenza A e Leptospira spp., além de caracterizarem a circulação dos agentes nessas populações, sugerem potencial risco à saúde pública e/ou à suinocultura, dependendo das interações que estabelecem com o ambiente, seres humanos e suínos domésticos. Com os resultados deste trabalho recomenda-se o incremento na biossegurança de granjas comerciais, bem como cuidados na manipulação das carcaças destes animais e o aprofundamento de estudos do perfil sanitário dos javalis no estado de Santa Catarina e no Brasil e suas implicações ao ambiente, pecuária e saúde pública.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1081425 - TEANE MILAGRES AUGUSTO GOMES
Interno - 2017813 - RICARDO EVANDRO MENDES
Interno - 1756086 - DIOGENES DEZEN
Externo à Instituição - PAULO EDUARDO BENNEMANN - UNOESC
Notícia cadastrada em: 18/10/2019 09:30
SIGAA | Diretoria de Tecnologia da Informação - (47) 3331-7800 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - jboss-sigaa-01.sig.ifc.edu.br.sigaa01