Avaliação microbiológica de linguiças do tipo frescal e defumada produzidas por agroindústrias familiares no noroeste do estado do Rio Grande do Sul como parâmetro das boas práticas de fabricação.
Embutidos, Saúde Pública, Sanidade, Higiene em Alimentos.
O presente estudo, avaliou dois estabelecimentos agroindustriais familiares, quanto à contagem ou presença bacteriana nos equipamentos de produção, matéria prima, produto e vida de prateleira para a linguiça frescal (LF) e a linguiça defumada (LD), de acordo com a Resolução do Conselho Diretor, RDC nº 12 de 2 de janeiro de 2001 da ANVISA. Os equipamentos dos estabelecimentos apresentaram limites acima do preconizado pela Associação Americana de Saúde Pública (APHA), bem como pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para coliformes termotolerantes, em 10 repetições de um total de 16 avaliadas. As matérias primas apresentaram-se em acordo com a legislação vigente. Para os produtos pós fabricação, observou-se em uma amostra a presença de Salmonella enterica Typhimurium. Com relação à vida de prateleira dos produtos elaborados, foi realizada a análise de correlação. O estabelecimento 2 apresentou correlação positiva mais intensa que o estabelecimento 1, ocorrendo deste modo, perda de qualidade microbiológica ao longo dos dias mais acentuada para os produtos do estabelecimento 2. Contudo, apenas um lote de linguiça frescal deste, apresentou Staphylococcus coagulase positiva três dias consecutivos, resultados acima do estipulado, de acordo com a RDC de Nº 12, para este produto. De modo geral, embora exista o crescimento de alguns microrganismos ao longo da vida de prateleira dos produtos elaborados e correlação positiva, em sua grande maioria, os mesmos apresentaram-se aptos para o consumo, observadas as exceções, para o caso de Salmonella enterica Typhimurium, presente em uma amostra proveniente do estabelecimento 2 e Staphylococcus coagulase positiva, em três amostras do estabelecimento 2.