Prevalência de Escherichia coli Shiga-toxigênica em cortes de carnes e miúdos de suínos abatidos no Oeste de Santa Catarina
Patógeno; stx; carne suína; saúde pública.
Escherichia coli Shiga-toxigênica (STEC) é reconhecida como um grupo de patógenos emergente e se tornou um desafio de saúde pública. Cepas STEC possuem fatores de virulência, tais como o stx e o eae, os quais as caracterizam como patogênicas, enquanto que a determinação de seus sorogrupos permite predizer seu potencial zoonótico. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de cepas STEC em cortes e miúdos suínos, produzidos em uma agroindústria no Oeste de Santa Catarina, detectando os genes de virulência e determinando os sorogrupos de importância em saúde pública. Para isso, foram avaliadas 740 amostras de diferentes cortes (filé, paleta, pernil e costela) e miúdos (coração e fígado). As amostras foram submetidas à PCR em tempo real para detecção dos genes stx1, stx2 e eae. Posteriormente, as amostras contaminadas com cepas STEC foram triadas, através de PCR em tempo real, para os seguintes sorogrupos: O26, O45, O103, O111, O121, O145 e O157:H7. No total, 142 amostras (19,14%) foram identificadas com fatores de virulência, sendo 93 (12,53%) para eae, 20 (2,70%) para stx1/stx2 e 29 (3,91%) para stx1/stx2/eae. Das 49 (6,6%) amostras contaminadas por cepas STEC em duas (0,27%) foram positivas para o sorogrupo O121. A baixa prevalência de STEC potencialmente zoonótica (0,27%), observada em diferentes produtos de origem suína, evidencia que esta proteína oferece baixo risco de infecção deste patógeno para o consumidor final.