Banca de QUALIFICAÇÃO: ALCIONE CELLA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALCIONE CELLA
DATA : 19/12/2018
HORA: 11:00
LOCAL: Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia
TÍTULO:

Alteração na composição nutricional de suplemento proteico utilizado na alimentação de leitões

PALAVRAS-CHAVES:

Microbiologia; Bromatologia; Acidez; Índice de Peróxido; Umidade e Temperatura.

PÁGINAS: 45
RESUMO:

A qualidade nutricional e organoléptica dos ingredientes utilizados para elaboração das dietas de leitões é fundamental para o seu desempenho. Formulações complexas como as dietas de creche podem acarretar em reações que interferem na estabilidade de vitaminas, minerais e extrato etéreo, alterando as características nutricionais. O objetivo deste estudo foi analisar as possíveis causas para que o suplemento proteico para leitões não oxide antes de sua data de vencimento (90 dias). Foram realizados cinco tratamentos: “Controle” (T1), com formulação padrão; “PxMais5” (T2), com 5% a mais de premix vitamínico mineral leitões na formulação; “PxMenos5” (T3), retirado 5% da dosagem padrão do premix vitamínico mineral leitões na formulação. Estes três tratamentos foram produzidos em misturador com capacidade de 400Kg; “Rotina/Ração” (T4), formulação do T1 produzida em uma batelada de 4.000Kg; “Rotina/Premix” (T5), formulação do T1 produzida em uma batelada de 1.200Kg. T1, T2 e T3 receberam somente ingredientes em temperatura ambiente, os demais receberam o farelo de soja moído recentemente, com temperatura elevada, entre 25°C e 35°C. Para cada tratamento foram enviadas 3 sacas de 20kg para regiões em que as condições climáticas são críticas e mantidos por 120 dias: São Gabriel do Oeste (SGO)/MS (clima quente), Araquari/SC (clima quente e úmido) e Chapecó/SC, na própria Fábrica de Rações. Três vezes ao dia (manhã, meio-dia e tarde) nos locais de destino era realizado o registro de temperatura e umidade da sala aonde as dietas ficaram armazenadas. Nos dias 0, 7, 15 e após quinzenalmente até os 120 dias, era coletada amostra de cada tratamento para análise bromatológica, minerais, índice de peróxido (mEq/g) e acidez (mg/g). Quinzenalmente foram coletadas amostras para análise de atividade de água (Aw). Nos tratamentos mantidos em Chapecó nos dias 0, 45, 90 e 120 foi coletada amostra para análise microbiológica (mesófilos aeróbios viáveis UFC/g). Ao final dos 120 dias de armazenamento foi realizada avaliação de coloração, odor e presença de outras alterações. A Aw dos tratamentos mantidos em Araquari (0,4271 ± 0,0034) diferiu (P<0,05) daquelas mantidas em SGO (0,4158 ± 0,0034). A acidez foi maior no T5 (3,0851 ± 0,0566; P<0,05). A proteína bruta (%) do T3 (26,432 ± 0,1338) diferiu (P<0,05) do T4 (25,869 ± 0,1338) que por sua vez diferiu (P<0,05) do T5 (23,200 ± 0,1338). A maior temperatura média registrada foi em SGO (26,576 ± 0,1445), enquanto que a maior umidade média relativa foi em Araquari (80,491 ± 0,4733). A forma como é elaborado o suplemento proteico pode alterar a composição nutricional do produto final. Formular composições com diferentes compostos torna-se um desafio, uma vez que eles podem interagir entre si e com o ambiente durante a sua vida útil, podendo promover a oxidação, interferindo na qualidade do produto final. Os ingredientes utilizados sofrem influências tanto das matérias primas, como dos períodos de armazenagem, da umidade relativa do ar, da temperatura a que são submetidos, sendo o último, o que se mostra mais importante na peroxidação de aditivos neste estudo.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1989957 - ALESSANDRA FARIAS MILLEZI
Presidente - 2648941 - IVAN BIANCHI
Interno - 1248656 - PAULO MAFRA DE ALMEIDA COSTA
Interno - 2017813 - RICARDO EVANDRO MENDES
Interno - 2408296 - SORAYA REGINA SACCO
Interno - 1081425 - TEANE MILAGRES AUGUSTO GOMES