Atualmente são altos os índices de contaminação nos abatedouros de aves. O trabalho objetivou avaliar a eficácia do refile e lavagem para a redução de Salmonella spp. e enterobactérias; avaliar a sua relação com a contaminação gastrointestinal visível; identificar o efeito do chiller; quantificar as carcaças condenadas, além de identificar fatores de risco para contaminação. O trabalho foi realizado em três etapas: 1) Coleta de 480 carcaças para analisar a contagem de enterobactérias e a presença de Salmonella spp.; 2) Estratificação e quantificação das perdas por contaminação no abate de 201.225 aves; 3) Análise de dados do abate de 2.119.801 aves para avaliar os fatores de risco para contaminação. Identificou-se que para enterobactérias não houve diferença entre carcaças com ou sem contaminação aparente perante as carcaças lavadas ou refiladas, porém houve redução após o chiller. Para Salmonella spp. não houve diferença entre os tratamentos; observou-se que a coxa com sobrecoxa é mais condenada e a porção é mais elevada na contaminação biliar; os fatores de risco para a contaminação gastrointestinal foram peso vivo, número de aves por gaiola, ordem de carregamento e lote de produção, e para biliar foram tempo de jejum e turno de abate. Conclui-se que o refile e a lavagem foram inefetivos para a redução de Salmonella spp. e enterobactérias, indiferente de haver contaminação visual; o chiller reduziu a contagem de enterobactérias; coxa com sobrecoxa foi as partes mais condenadas; a regulagem dos equipamentos, o período do dia em que é realizado o jejum e o tempo de jejum são os fatores de risco onde podem ocorrer intervenções para a redução das contaminações.