Uso de vacinação para redução da prevalência de Salmonella sp. em suínos de abate
estudo de campo; vacina de subunidade; terminação; soroprevalência; excretores; portadores.
Dentre as doenças zoonóticas transmitidas por alimentos, a salmonelose é a mais frequente, sendo alvo de controle nos produtos de origem animal. Embora programas de garantia da qualidade devam estar implantados no ambiente de abate e processamento da carne, medidas de controle na fase de criação colaboram com a redução da contaminação das carcaças. Neste sentido, a proposta deste estudo foi avaliar o uso de uma vacina de subunidade baseada em antígenos secundários, que ampliam o espectro em relação aos sorovares, na redução da soroprevalência e prevalência de suínos portadores de Salmonella nos linfonodos mesentéricos e excretores nas fezes. A unidade experimental foi o lote de suínos terminados, sendo escolhidas aleatoriamente 10 granjas terminadoras para alojar os animais do grupo controle (GC) e 10 para o grupo vacinado (GV). Inicialmente, foram escolhidos 16 crechários para realizar a primeira vacinação e suprir as granjas de terminação, sendo oito para o GC e oito para o GV. A vacina foi fornecida via oral, 02 mL por animal, em quatro idades diferentes. A primeira dose foi no segundo dia de alojamento na creche, a segunda dose 14 dias após a primeira, a terceira dose após 30 dias de alojamento na terminação e a quarta dose 21 dias anterior ao abate. Os animais permaneceram nas granjas terminadoras em média por 110 dias e foram abatidos com idade média de 175 dias de vida. Amostras de sangue foram coletadas na primeira semana da terminação e ao abate (n= 30/lotes). Linfonodos mesentéricos (n=30/lote) e fezes (n= 20/lote) foram coletadas ao abate. O soro foi submetido a teste de ELISA e as amostras de linfonodos e fezes à pesquisa bacteriológica de Salmonella (ISO 6579). Adicionalmente, foi realizada a quantificação de Salmonella nas fezes pela técnica de número mais provável. Não foi observada diferença estatística entre os grupos (p>0,05), tanto para soroprevalência (% de suínos positivos), quanto para intensidade da reação sorológica medida pela variabilidade da densidade ótica. A vacinação não reduziu a prevalência de portadores de Salmonella sp. nos linfonodos mesentéricos e excretores nas fezes, bem como a quantidade excretada.