Alternativa ao uso de monensina em dietas de bovinos de corte em confinamento.
Acidose, aditivos, óleos essenciais, terminação.
Os bovinos como os demais ruminantes se adaptaram ao longo da evolução ao consumo de forragem. Assim a microbiota ruminal se tornou um ecossistema diversificado e especializado no processamento deste tipo de alimento. Composto por bactérias, protozoários, fungos e leveduras capazes de fermentar carboidratos estruturais. A medida que se busca produtividade na pecuária é comum o uso de dietas altamente energéticas. Estas permitem boas taxas de ganho de peso, porém geram acidificação do ambiente ruminal. Ao ponto de o mecanismo fisiológico não conseguir estabilizar o pH, o que gera risco a produtividade e ao animal em quadros de acidose ruminal. Existem produtos capazes de formatar o padrão de fermentação contribuindo para uma adequada digestão nestes casos. O uso de óleos essenciais como aditivo potencializador da digestão pode ser uma alternativa. Seu uso vem de encontro a pressão de algumas parcelas da sociedade que solicitam a redução no uso de antibióticos na produção animal, como no caso de uso da monensina sódica, amplamente utilizada como aditivo em dietas de terminação. O projeto avaliou o desempenho zootécnico de 12 animais padrão racial Brangus com idade média de 9 meses e 309,91 kg de peso vivo de média, confinados individualmente em baias com dois tipos de dieta: a padrão composta por silagem de milho mais ração comercial com 15% de na proporção 41:59 e; dieta padrão com inclusão de composto de óleos essenciais, fornecidas duas vezes ao dia. O experimento teve início no dia 04 de julho de 2023 no confinamento experimental do Campus –Araquari. As pesagens dos animais foram mensais com jejum alimentar de 12 horas. O desempenho dos animais foi avaliado pelo ganho médio de peso diário, calculados através da pesagem individual dos animais a cada trinta dias. O consumo alimentar por animal foi registrado diariamente pela pesagem da ração fornecida e as sobras do dia anterior. A conversão alimentar foi obtida pelo quociente entre consumo alimentar por animal e o ganho total de peso vivo. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e análise de variância considerando as variáveis tratamento e período como efeito fixo e o animal como efeito aleatório. O peso inicial foi utilizado como covariável. Todas as análises foram realizadas no programa R, cujo nível de significância adotado foi 5%. Não houve efeito dos tratamentos para nenhuma variável zootécnica. O fim do período experimental será dezembro de 2023.