Uso de progesterona injetável de longa ação para indução de puberdade em leitoas.
Falha reprodutiva, metabolização de progesterona sérica, controle da ciclicidade, fêmea suínas.
Em um sistema de produção de suínos as leitoas representam o maior percentual de fêmeas do plantel. Aproximadamente 20% dos descartes são de leitoas que saem do plantel de reprodutores sem nunca terem parido. Estratégias de indução de puberdade se efetivas podem auxiliar no melhor aproveitamento genético e na estruturação de planos de ação para otimizar os grupos de inseminação das granjas. Por outro lado, características de qualidade e precocidade puberal das leitoas tem sido associado a maior longevidade e produtividade. O objetivo deste estudo é entender o desencadeamento da puberdade propondo estratégias de indução estral em leitoas pela utilização de progesterona injetável de longa ação (P4i). No experimento 1 foram utilizadas leitoas pré-púberes com 150 d de idade a fim de caracterizar a farmacodinâmica da P4i (Sincrogest injetável, Ouro Fino). As leitoas foram divididas em quatro grupos com diferentes concentrações de P4i: Controle (T0 mg, n=6); T150 mg (n=6); T300 mg (n=6); T600 mg (n=6). No dia zero (D0) foi feito a aplicação dos tratamentos via intramuscular e foi feita coleta de sangue (D0; D2; D4; D8; D12; D16; D26) para dosagem de progesterona sérica. No experimento 2 foram realizadas duas repetições do estudo utilizando leitoas pré-púberes a fim de avaliar o efeito da indução da puberdade através do uso de P4i (300 mg). Na primeira repetição foram formados dois grupos: Controle (T0mg, n=108) e T300 mg (n=106). No D0 do estudo as fêmeas tinham em médio 145 d de idade e receberam os tratamentos. Foi realizado o monitoramento do reflexo de tolerância ao homem na presença do macho (RTHM) uma vez ao dia durante 45 d. As fêmeas que não entraram em cio foram abatidas sendo realizada a monitoria de abate do trato reprodutivo. Na segunda repetição leitoas com 150 d de idade foram alocadas em dois grupos: Controle (T0mg, n=112) e T300 mg (n=110). O manejo de detecção de cio foi o mesmo da primeira repetição. Após a manifestação o segundo estro as leitoas de ambas as repetições foram inseminadas e os dados reprodutivos de prenhez e parto serão registrados. Houve efeito dos tratamentos quando a metabolização de progesterona (P<0,01) e o grupo T300 mg foi a dosagem definida. Na primeira repetição do experimento 2, das 108 leitoas 76,8% tiveram cio diagnosticado sendo que até o momento o total de nascidos é de 13,28, e nascidos vivos 12,32. No grupo P4i das 106 fêmeas tratadas 67,0% manifestaram cio e o total de nascidos e nascidos vivos é de 13,89 e 12,81, respectivamente. Na segunda repetição 59,0% das leitoas do grupo P4i manifestaram cio até o momento e 52,7% do grupo controle. Os resultados preliminares indicam que não houve benefício quanto a indução de puberdade com o uso de P4i.