Perfil genotípico e de resistência a antimicrobianos de Escherichia coli patogênica aviária.
aves; frangos; bactéria; epidemiologia; susceptibilidade.
Escherichia coli patogênica aviária (APEC) é responsável por diversos quadros anatomopatológicos nas aves, os quais acarretam grandes prejuízos para o setor avícola. Conhecer a epidemiologia desta bactéria é fundamental para realizar um controle efetivo deste patógeno, para tanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a patogenicidade das cepas de Escherichia coli isoladas de frangos de corte e realizar testes in vitro das cepas classificadas como APEC para identificar a sua capacidade de formação de biofilme e susceptibilidade a antimicrobianos e sanitizantes rotineiramente utilizados no processo de criação das aves. Neste estudo foram utilizados 60 isolados de Escherichia coli provenientes de um banco de cepas do laboratório de Saúde Animal, obtidos de casos clínicos de colibacilose em frangos de cortes de granjas localizadas no Oeste de Santa Catarina, no ano de 2020. No teste de Reação em Cadeia Polimerase em tempo real identificou-se que 100% dos isolados apresentavam os genes hlyF e ompT, 98,3% os genes iroN e iss e 83,33% o gene iutA, sendo todas as cepas avaliadas classificadas como APEC. Nas avaliações in vitro quanto à formação e caracterização dos biofilmes, as amostras de APEC foram caracterizadas como 71,66% fracamente formadora de biofilme e 28,33% não apresentaram formação de biofilme bacteriano. No teste de susceptibilidade a antibióticos, através da técnica de disco-difusão, os percentuais de maior resistência foram encontrados nas moléculas de oxitetraciclina 33% e doxiciclina 31,66%. Enquanto que no teste de sensibilidade a sanitizantes, as cepas de APEC multirresistentes avaliadas, foram sensíveis aos desinfetantes a base de amônia quaternária + glutaraldeído e ao composto fenol.