Comparação entre imunofluorescência direta e imunohistoquímica para diagnóstico de Listeria monocytogenes em tecidos fixados e parafinizados.
Palavras-chave: listeriose; técnicas imunológicas; animais.
Listeria monocytogenes é uma bactéria que infecta humanos e animais, podendo causar uma doença zoonótica caracterizada por encefalite, septicemia e abortos. Além disso, a listeriose resulta em perdas econômicas significativas pela morte ou sacrifício de animais. O objetivo deste trabalho foi comparar a técnica de imunofluorescência direta (IFD) e imunohistoquímica (IHQ) para diagnóstico de L. monocytogenes em tecidos fixados e parafinizados. Foram selecionados 25 blocos de tecidos de animais com histórico e/ou lesões compatíveis com listeriose. Para a imunohistoquímica, foi utilizado anticorpo primário policlonal anti-L. monocytogenes sorotipo 1 e 4 diluído, seguido de kit com anticorpo secundário acoplado a polímero. Para a imunofluorescência, foi utilizado o mesmo anticorpo primário, seguido de anticorpo secundário anti-IgG de coelho marcado com fluoresceína. Cada amostra foi classificada quanto à presença e intensidade de imunomarcação. Das 25 amostras, 10 foram positivas em pelo menos uma das técnicas, sendo oito amostras positivas em ambas IHQ e IFD com a mesma intensidade. Houve forte imunomarcação tanto em amostras de bovino experimentalmente infectado com L. monocytogenes ATCC 7644, como em amostras de tecido nervoso de ruminantes naturalmente infectados. O estudo demonstrou que as duas técnicas foram eficientes para detectar L. monocytogenes em tecidos fixados e parafinizados. O uso de materiais biológicos processados para IFD, ao invés de tecidos frescos, é algo inovador, uma vez que existem poucos protocolos descritos. Porém, a IFD não apresentou diferença na sensibilidade quando comparada com a IHQ, sendo esta última de menor custo e maior facilidade na interpretação dos resultados.