BIOMONITORAMENTO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS (2017-2023) EM PONTOS DA BAIA BABITONGA UTILIZANDO A ESPÉCIE PERNA PERNA: UMA FERRAMENTA/ESTRATÉGIA INDICATIVA DA QUALIDADE DAS AÇÕES PORTUÁRIAS.
mexilhão, perna perna, metais traço, monitoramento.
Os moluscos bivalves são organismos filtradores e possuem capacidade de bioacumular metais pesados. A espécie Perna perna, é capaz de bombear entre 0,5 a 4 litros de água por hora. Para este estudo foram realizadas coletas entre março de 2017 a junho de 2023 em 05 pontos amostrais, sendo 04 localizados na Baia Babitonga e um ponto controle no município de Penha. Para correlação dos dados foram realizadas coletas da água superficial e sedimento. A amostra de sedimento do ponto 2 na campanha de agosto de 2020 indicou para limite de chumbo acima do nível 1 da Resolução CONAMA Nº 454/2012, porém, valor abaixo do nível 2 (limite acima do qual há maior probabilidade de efeitos adversos à biota). Portanto nas amostras de água e mexilhão desta amostragem os valores de chumbo ficaram dentro do estabelecido pela legislação. Nas amostras de mexilhões foram encontradas concentrações de cromo e arsênio acima do limite legal para consumo humano nas áreas estudadas em mais de uma amostragem contemplando os 5 pontos amostrais. Chumbo também apresentou amostragens acima do limite legal na amostragem de dezembro de 2018 no ponto 3 (área de cultivo - AMAPRI) e ponto 5 (ponto controle em Penha). Zinco apresentou um pouco acima do limite que é 50,000 (mg/kg) no ponto #4 na amostragem de dezembro de 2018 com resultado de 50,927 (mg/kg). Os resultados obtidos nestas campanhas indicam que não está ocorrendo acumulação de HPAs pelos organismos biomonitores, porém, valores mais elevados de BTX foram encontrados nas amostras dos tecidos de mexilhões esporádica e pontualmente. Para estes compostos não há limites legais, porém, pelo seu caráter tóxico é extremamente importante continuar este monitoramento e acompanhar o seu comportamento nas diferentes matrizes analisadas.