MICROENCAPSULAÇÃO DO ÓLEO DE MARACUJÁ ATRAVÉS DO APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS DO MARACUJÁ AMARELO (PASSIFLORA EDULIS).
Resíduos; agregar; pectina; óleo da semente de maracujá; microcápsulas.
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá. Grande parte dessa produção é destinada à indústria de processamento de maracujá que gera uma quantidade significativa de cascas e sementes muitas vezes descartadas de forma inadequada provocando prejuízos ambientais. A casca é rica em pectina, utilizada como gelificante e estabilizante. As sementes sãofonte de lipídios ricos em ácidos graxos essenciais. Esse trabalho teve como objetivo o aproveitamento e a agregação de valor de subprodutos da industrialização do maracujá. As cascas de maracujá foram desidratadas e moídas até obtenção de farinha que foi caracterizada quimicamente e utilizada como matéria-prima para extração de pectina. Foram extraídas pectinas de alto grau de esterificação e de baixo grau de esterificação, sendo que a última apresentou o maior rendimento de 19%. As sementes, previamente desidratadas e moídas, tiveram sua composição química determinada, e foram submetidas à extração do óleo em extrator Soxhlet, com rendimento de 27,43%. O óleo da semente de maracujá foi caracterizado através da cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas e apresentou 59,9% de ácidos graxos insaturados com predominância do ácido linoleico (ômega 6). As pectinas extraídas da casca do maracujá foram utilizadas em combinação com o alginato de sódio no desenvolvimento de microcápsulas contendo óleo da semente de maracujá. As formulações apresentaram um rendimento de encapsulação de 71,94 a 85,34%, indicando que a pectina e o alginato foram eficazes como materiais de parede na formação de microcápsulas contendo óleo da semente de maracujá.