AVALIAÇÃO DE UM TRATAMENTO POR OZONIZAÇÃO EM EFLUENTE INDUSTRIAL PARA DESCONTAMINAÇÃO DE FILTRO SOLAR HIDROSSOLÚVEL.
efluente industrial, filtros solar, ozonização, degradação.
Indústrias de cosméticos geram grande volume de efluente através de seus processos produtivos. O tratamento convencional realizado por elas não é eficaz para a descontaminação deste efluente quanto a presença de filtros solares. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da ozonização como processo oxidativo avançado na degradação do fotoprotetor hidrossolúvel ácido sulfônico fenilbenzimidazol presente em efluente gerado por uma indústria de protetores solares. Inicialmente os testes foram realizados em escala de bancada com soluções aquosas na concentração de 10 mg/L do composto no pH natural da solução (4,68) e nos pHs 7,0, pH 9,0, pH 10,0 e pH 11,0, em exposição ao ozônio por um período de 60 minutos. Os resultados dessa etapa foram avaliados através da espectrofotometria, já que o composto tem absorbância de 302 nm. pHs alcalinos tiveram os melhores resultados de degradação, sendo que no pH 11, após apenas 10 minutos da ozonização, a concentração do composto já havia sido reduzida para menos que 25%. Após definida a melhor condição para a degradação do composto, o efluente industrial foi caracterizado quanto aos parâmetros DBO, DQO, fósforo, materiais solúveis em hexanos (óleos e graxas) nitrogênio amoniacal, pH, substâncias tensoativas (surfactantes aniônicos) e o doseamento do ácido sulfônico fenilbenzimidazol. O mesmo foi submetido a melhor condição da ozonização e posterior análises dos mesmos parâmetros. Compreendeu-se que houve diferenças significativas entre a escala de bancada e o efluente bruto real, porém no geral o tratamento por ozonização gerou um efluente de melhor qualidade e mais seguro para ser liberado para o corpo receptor, quando comparado com o tratamento convencional realizado.