Propondo áreas de conservação para a onça-pintada no estado de Santa Catarina, Brasil.
Panthera onca; Mata Atlântica; Catarinense; modelos de distribuição de espécies; espécie-guarda-chuva
A fragmentação de habitats naturais é um crescente problema na conservação das espécies. Essa problemática afeta a distribuição das populações é provoca alterações no nicho das espécies. Modelos de distribuição de espécies (MMD’s) apresentam áreas potenciais na formação do nicho fundamental. Uma estratégia conservacionista é utilizar o conceito de espécie guarda-chuva, essas espécies necessitam de grandes extensões de áreas conservadas para fixar o seu nicho. Sendo assim, a Panthera onca (popular: Jaguar) foi selecionada sob esse conceito de guarda-chuva. No trabalho questões ecotróficas desse felino e suas presas selecionadas ( Hydrochoerus hydrochaeris, popular capivara; Dicotyles tajacu, popular Cateto e Tayassu pecari, popular porco-do-mato) são analisadas. A sobreposição de nicho foi a realizada pela densidade de Kernel (Worton, 1989). A similaridade entre o nicho das presas e do predador foi alta> 0.90. Oito diferentes algoritmos (Bioclim; Domain; Mahalanobis; Suporte Machine e Maxent) compõe os modelos. A validação interna conta com dois conjuntos de pseudo-ausência: 25% dos dados do predador e pseudo-ausência definidas pelas presas. A validação externa foi por AUC (Área sob a curva) e TSS (Trusted Smart Statistics). Por fim, o mapa consenso avaliou se áreas de maior aptidão das presas, representam as áreas mais propícias para o predador na região da Mata Atlântica. O melhor modelo foi a utilização da Capivara com algoritmo maxent com validação via AUC (0,64). Nossos resultados reforçam áreas corredores pré-definidos para a espécie, e delimitam regiões de futuro interesse conservacionista no estado de Santa Catarina.