Potencial de produção de biogás e de geração de energia elétrica: um estudo sobre uma coturnicultura com sistema de tratamento por lâmina d’água em Massaranduba-SC.
Inóculo; digestão anaeróbica; BMP; Fontes energéticas.
A coturnicultura é uma atividade que demanda baixo investimento e rápido retorno, por apresentar uma alta produção de ovos, sendo estes os principais produtos em escala industrial, já que a carne ainda é considerada exótica pelos consumidores. A utilização dos dejetos para a geração de energia por biodigestão anaeróbica pode significar uma tecnologia viável e promissora para obtenção de biogás originado dos sistemas de produções de animais confinados que demandam um elevado consumo de eletricidade. A crescente demanda por energia faz com que novas fontes energéticas sejam mais aproveitadas. Uma grande alternativa para o crescimento de novas fontes pode ser a utilização da biomassa em sistemas de biodigestão anaeróbica, em que o substrato orgânico é degradado e transformado em energia e biofertilizante. O estudo buscou investigar a utilização do dejeto líquido da coturnicultura (DLC) com sistema de tratamento de lâmina d´água e o seu potencial de produção de biogás e de geração de energia elétrica em biorreatores anaeróbicos de batelada. Nos resultado obtidos, utilizando o método de ensaio BMP, através de biorreatores em bancada de volume de 250 mL, e em condições mesófilas, foi constatado que a melhor monodigestão utilizada foi inóculo + substrato de 30 dias de deposição, com tempo de retenção hídrica de 45 dias, o qual apresentou maior produção de biogás (0,00078476 Nm³) e metano (0,000575 Nm³). Quando comparados a proporção de 1 m³ de biomassa do DLC, resultou numa produção 4,36 m³ de biogás a cada 45 dias de retenção no biorreator. E quando convertido em energia elétrica através do uso de um motogerador utilizando como combustível o biogás produzido pelo DLC, obtêm-se o valor de 9,30 kwh/dia ou 104,64 kwh/45 dias.