SEMENTES CRIOULAS COMO FONTE DE VARIABILIDADE: ANÁLISE DE GENÓTIPOS DE MILHO (ZEA MAYS L.) COLETADOS NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA.
Landraces; Recursos Genéticos; Agrobiodiversidade; Estresse Abiótico.
As sementes crioulas preservam variações genéticas de grande importância e utilidade para a agricultura. Dentre as espécies cultivadas, o milho se destaca com a sua interação no processo histórico de estruturação da civilização humana e sua aplicação na alimentação devido ao seu valor nutricional, além de apresentar alta variabilidade genética e adaptativa. Compreendendo as demandas atuais da agricultura, o presente projeto teve como objetivo coletar e avaliar variedades de milho crioulo da região Norte de Santa Catarina através de feiras e visitas técnicas, com auxílio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Para verificar o potencial produtivo das variedades coletadas, estas foram submetidas ao teste de estresse hídrico utilizando diferentes doses do polietilenoglicol 6000, avaliando: teor de germinação; qualidade das plântulas; tamanho do sistema radicular; peso fresco da parte aérea; peso seco da parte aérea; peso fresco do sistema radicular; e peso seco do sistema radicular. Todo o experimento foi conduzido no laboratório de Química Analítica do Instituto Federal Catarinense (IFC), Campus Araquari. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (5% de probabilidade pelo teste F), salientando que o comportamento dos genótipos estudados foram semelhantes aos potenciais de -0,6 e -0,8MPa. Através do teste de médias por Tukey, o milho de Pipoca Preto obteve destaque sob os potenciais osmóticos -0,2 e -0,4MPa. Ressalta-se a necessidade de novas pesquisas, atribuídas a diferentes linhas de projeto que abordem o resgate dos conhecimentos tradicionais associados das sementes coletadas e as demais espécies de interesse agrícola.