Banca de DEFESA: MARIANA DE SOUZA CAETANO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA DE SOUZA CAETANO
DATA : 10/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/dfp-vqyj-hfc
TÍTULO:

Experiências e subjetividades na ausência do sentido da audição: do gesto à oralidade.


PALAVRAS-CHAVES:

Surdez. Experiências. Língua. Subjetividades.


PÁGINAS: 153
RESUMO:

Os saberes produzidos a respeito das pessoas com surdez, as diferentes práticas profissionais direcionadas a elas acarretaram classificações binárias como: surdo x deficiente auditivo; diferente x deficiente, representações teóricas e sociais das quais emergem discussões, contradições e tensões no modo de entender e conceber a surdez. Nesse sentido, este estudo, tenciona dar visibilidade às diferenças que compõe esse universo surdo, principalmente no que tange à questão linguística. Diferenças essas que estão intrinsecamente relacionadas a como a pessoa com surdez significa sua condição corpórea através das experiências vividas no mundo social. Sob a ótica subjetiva dessas pessoas teve-se a intenção de transcender às argumentações teóricas que partem em defesa de um modelo a ser seguido, ou de um lugar determinado a ser ocupado, sem sustentar uma visão colonizadora, e sim a existência, a constituição singular da pessoa com surdez enquanto ser no mundo. Na intenção de abrir espaço para o múltiplo e valorizar a voz do sujeito com surdez, este estudo teve como objetivo geral descrever e compreender as vivências e experiências sociais de três sujeitos com surdez profunda, constituídos por diferentes modalidades linguísticas entre eles (oralizado, sinalizado e bimodal). Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com o método estudo de caso baseado em história de vida (ANDRÉ, 2012), onde utilizamos a entrevista semiestruturada para coleta dos dados, os quais foram analisados sob o prisma teórico da Análise Textual Discursiva (ATD). Para dialogar com os resultados dos dados apreendidos é utilizada como base a perspectiva teórica do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) e de seus intérpretes, que conduzirão nosso olhar para as subjetividades expressas por meio dos significados atribuídos às experiências do corpo vivido na ausência do sentido da audição, ainda buscamos nos aproximar das contribuições dos estudos de Lev Vigotski (1896-1934) no que tange à educação e à deficiência, ao considerar que a pessoa com surdez não parte da concepção de incompletude ou incapacidade, mas sim de um ser humano em potencial para desenvolver-se. Os diferentes caminhos educacionais de acesso à língua percorrido pelas protagonistas da pesquisa não as impediram de se constituírem em sujeitos falantes. A fala, tanto a oral como a sinalizada, lhes possibilitaram constituir um saber intersubjetivo. Compreendemos que o corpo exprime as experiências da surdez através do mundo que se vivenciou e vivencia-se, são nas barreiras e nas potencialidades encontradas pelo corpo durante a sua trajetória que se passa a significar a condição de ser surdo. Diante da heterogeneidade linguística e dos diferentes sentidos e significados sobre a surdez constatados neste estudo, afirmamos não ser possível fazer generalizações em torno de uma condição ideal ou universal de ser surdo.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2265320 - MAGALI DIAS DE SOUZA
Externa à Instituição - MARIA INÊS BACELLAR MONTEIRO
Presidente - 2253759 - ROGERIO SOUSA PIRES
Notícia cadastrada em: 08/07/2021 09:48
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