Banca de DEFESA: ADRIANA PERPETUA BECKHAUSER SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIANA PERPETUA BECKHAUSER SOUZA
DATA : 27/08/2025
HORA: 09:30
LOCAL: Sala F-106, Bloco F, Campus Camboriú
TÍTULO:

HÁ LUGAR PARA A CRIANÇA NA DÍADE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO? UM ESTUDO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU-SC


PALAVRAS-CHAVES:

Coordenação Pedagógica. Crianças. Formação Continuada em Serviço. Educação Infantil. Etnografia.


PÁGINAS: 196
RESUMO:

A formação continuada em serviço de professoras é uma atribuição evidenciada nos estudos sobre a coordenação pedagógica. No entanto, o elo relacional entre essa profissional e as crianças, no cotidiano das instituições de Educação Infantil, se invisibiliza diante das múltiplas funções assumidas pelas coordenadoras pedagógicas. Com vistas a tensionar essa questão, este estudo, realizado no âmbito do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto Federal Catarinense (PPGE-IFC), junto à linha de pesquisa Processos Formativos e Políticas Educacionais, propõe analisar em que medida as interações entre coordenadoras pedagógicas e crianças proporcionam subsídios à formação continuada em serviço de professoras da Rede Municipal de Ensino de Blumenau. Ancorado em uma abordagem etnográfica (Clifford; Marcus, 2016; Peirano, 2014; Oliveira, 2023), considera que a etnografia não é neutra, pois carrega interpretações e sentidos próprios de quem a realiza. Também incorpora a etnografia de documentos (Ferreira; Lowenkron, 2020), entendendo-a como um método de pesquisa que transcende a realidade registrada. Soma-se a isso a adoção da metodologia da conversa (Ribeiro; Souza; Sampaio, 2023), com a qual foram gerados dados em interlocução com seis coordenadoras e um coordenador pedagógico que atuam em cinco Centros de Educação Infantil do município. Ao buscar ampliar a polifonia, recorreu-se a Placco; Almeida (2009) e Geraldo (2022) para refletir sobre a formação em serviço e as atribuições da coordenação pedagógica. Também se aproximou dos estudos de Vilas Boas (2022), de Scramingnon; Santos; Camões (2022) e de Rocha; Kramer (2013), para pensar a participação das crianças e o reconhecimento de seus saberes nos processos formativos de professoras. Tecido na interlocução com os sujeitos da pesquisa (coordenadoras e coordenador pedagógico), ao visibilizar o não-lugar das crianças na formação continuada docente, o estudo trouxe para o debate também o não-lugar da coordenadora pedagógica na Educação Infantil. A identificação de lacunas quanto ao reconhecimento das especificidades dessa etapa educativa em suas atribuições e responsabilidades oficiais reverbera diretamente na constituição da identidade profissional dessas coordenadoras pedagógicas e em práticas marcadas pela intuição, desgaste, fragilidade, aceleração e acúmulo de tarefas — aspectos que as distanciam de tempos significativos de interação com as professoras e, sobretudo, com as crianças.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - LUCIANE PANDINI SIMIANO - UNISUL/SC
Interna - 1715961 - MARILANDES MOL RIBEIRO DE MELO
Presidente - 1431375 - ROSELI NAZARIO
Notícia cadastrada em: 11/07/2025 15:01
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