A educação para o trabalho das mulheres: o que revelam os currículos e a formação de professoras (es) para a educação da infância a partir da República
Trabalho; Mulheres; Educação; Infância; Currículo; Capitalismo.
Este estudo integra a linha de pesquisa Processos Formativos e Políticas Educacionais, do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Instituto Federal Catarinense – IFC, do Campus Camboriú, e apresenta como objeto de investigação a educação para o trabalho das mulheres. Esta pesquisa de mestrado tem por objetivo investigar a educação para o trabalho das mulheres, a partir da República, tendo em vista a organização curricular da educação da infância e da formação de professoras (es), em articulação com as políticas educacionais no contexto do desenvolvimento socioeconômico-político brasileiro. Um estudo sobre a educação para o trabalho nos níveis iniciais do processo de formação dos sujeitos, a partir da análise documental do currículo prescrito, a fim de refletir quais concepções de educação para o trabalho aparecem nos currículos para as crianças da pequena infância até o Ensino Fundamental, assim como das políticas de formação de professoras (es). Os procedimentos metodológicos deste estudo estão sendo desenvolvidos por meio de pesquisa bibliográfica e documental, numa perspectiva analítica crítica com abordagem qualitativa. Adotamos como concepção teórico-metodológica o materialismo histórico-dialético, considerando que esta permite a análise das relações sociais de produção que caracterizam a estrutura material da sociedade capitalista. Para tanto, serão utilizadas como critério de análise as categorias totalidade, contradição e mediação, nucleares para a compreensão da realidade nesta perspectiva metodológica, articuladas a outras, tais como: trabalho, modo de produção, Estado, luta de classe, práxis e hegemonia. As fontes documentais correspondem a legislação nacional do período da República brasileira, para educação da infância e formação de professores, tais como: constituições, leis orgânicas, decretos, leis de diretrizes e bases, leis complementares, pareceres e resoluções do Conselho Federal de Educação (CFE), Conselho Nacional de Educação (CNE) e outros órgãos, que tratam da organização do ensino no Brasil. Busca-se fazer uma interpretação à luz de autoras como Maria Ciavatta, Solange Zotti, Gisele Masson, Maria Luisa Santos Ribeiro, Maria Lucia Spedo Hilsdorf, assim como a produção de Karl Marx, Friedrich Engel entre outras.