Projeto Pedagógico do Curso

O perfil do egresso do curso de Bacharelado em Ciência da Computação do IFC Campus Blumenau compreenderá uma sólida formação científica, técnica e profissional que capacite o egresso a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade e articulada com as necessidades locais e regionais.

Ainda, observando com a Resolução do CNE/CES 05/2016 (BRASIL, 2019, p. 2 - 3) considera-se:

§ 1º Levando em consideração a flexibilidade necessária para atender domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais, espera-se que os egressos dos cursos de bacharelado em Ciência da Computação:

I - possuam sólida formação em Ciência da Computação e Matemática que os capacitem a construir aplicativos de propósito geral, ferramentas e infraestrutura de software de sistemas de computação e de sistemas embarcados, gerar conhecimento científico e inovação e que os incentivem a estender suas competências à medida que a área se desenvolve;

II - adquiram visão global e interdisciplinar de sistemas e entendam que esta visão transcende os detalhes de implementação dos vários componentes e os conhecimentos dos domínios de aplicação;

III - conheçam a estrutura dos sistemas de computação e os processos envolvidos na sua construção e análise;

IV - dominem os fundamentos teóricos da área de Computação e como eles influenciam a prática profissional;

V - sejam capazes de agir de forma reflexiva na construção de sistemas de computação, compreendendo o seu impacto direto ou indireto sobre as pessoas e a sociedade;

VI - sejam capazes de criar soluções, individualmente ou em equipe, para problemas complexos caracterizados por relações entre domínios de conhecimento e de aplicação;

VII - reconheçam o caráter fundamental da inovação e da criatividade e compreendam asperspectivas de negócios e oportunidades relevantes.

De acordo com a Resolução do CNE/CES 05/2016 (BRASIL, 2019, p. 5), considera-se:

§ 1º Levando em consideração a flexibilidade necessária para atender domínios de aplicação e as vocações institucionais, os cursos de bacharelado em Ciência da Computação devem prover uma formação profissional que revele, pelo menos, as habilidades e competências para:

I - compreender os fatos essenciais, os conceitos, os princípios e as teorias relacionadas à Ciência da Computação para o desenvolvimento de software e hardware e suas aplicações;

II - reconhecer a importância do pensamento computacional no cotidiano e sua aplicação em circunstâncias apropriadas e em domínios diversos;

III - identificar e gerenciar os riscos que podem estar envolvidos na operação de equipamentos de computação (incluindo os aspectos de dependabilidade e segurança);

IV - identificar e analisar requisitos e especificações para problemas específicos e planejar estratégias para suas soluções;

V - especificar, projetar, implementar, manter e avaliar sistemas de computação, empregando teorias, práticas e ferramentas adequadas;

VI - conceber soluções computacionais a partir de decisões visando o equilíbrio de todos os fatores envolvidos;

VII - empregar metodologias que visem garantir critérios de qualidade ao longo de todas as etapas de desenvolvimento de uma solução computacional;

VIII - analisar quanto um sistema baseado em computadores atende os critérios definidos para seu uso corrente e futuro (adequabilidade);

IX - gerenciar projetos de desenvolvimento de sistemas computacionais;

X - aplicar temas e princípios recorrentes, como abstração, complexidade, princípio dem localidade de referência (caching), compartilhamento de recursos, segurança, concorrência, evolução de sistemas, entre outros, e reconhecer que esses temas e princípios são fundamentais à área de Ciência da Computação;

XI - escolher e aplicar boas práticas e técnicas que conduzam ao raciocínio rigoroso no planejamento, na execução e no acompanhamento, na medição e gerenciamento geral da qualidade de sistemas computacionais;

XII - aplicar os princípios de gerência, organização e recuperação da informação de vários tipos, incluindo texto imagem som e vídeo;

XIII - aplicar os princípios de interação humano-computador para avaliar e construir uma grande variedade de produtos incluindo interface do usuário, páginas WEB, sistemas multimídia e sistemas móveis.

Para construção do perfil do egresso, o estudante realizará, durante o curso, 3030 horas em disciplinas e 180 horas em atividades curriculares complementares, totalizando 3210 horas.

O bacharel em Ciência da Computação poderá atuar nas instituições públicas, privadas, e do terceiro setor que façam uso de sistemas computacionais. Blumenau, a cidade onde o curso é ofertado, está entre as 30 principais aglomerações produtivas na área de software no país. Existe um vasto mercado local de desenvolvimento de software no qual os profissionais formados pelo curso poderão atuar. Com esse mercado em vista, o profissional estará apto a atuar em qualquer área que envolva as competências listadas na Resolução 05/2016.

Quanto aos benefícios deste curso para a sociedade destaca-se que os cientistas da computação são responsáveis pelo desenvolvimento científico (teorias, métodos, linguagens, modelos, entre outras) e tecnológico da Computação, são eles que criam as ferramentas que são normalmente utilizadas por outros profissionais da área de Computação para o desenvolvimento de software para usuários finais ou de projetos de sistemas digitais.

Os cientistas da computação são responsáveis pela infraestrutura de software de computadores (sistemas operacionais, compiladores, banco de dados, navegadores entre outras), de sistemas embarcados, móveis, de computação nas nuvens, automação e outros. Também são responsáveis pelo desenvolvimento de aplicações de propósito geral.

A interdisciplinaridade é uma característica singular do cientista da computação. Combinar, transformar e usar conhecimentos de várias áreas da ciência fazem parte das etapas da criação de soluções computacionais. Tal característica torna o cientista da computação um profissional versátil para atuar em diversos segmentos da sociedade.

As práticas de ensino-aprendizagem baseiam-se em diferentes metodologias e utilização de tecnologias de informação, oportunizando o desenvolvimento pessoal e coletivo dos discentes. Plano de ensino, de aulas e conteúdos são disponibilizados no Sistema Acadêmico, utilizando-se de linguagem dialógica adequada ao público-alvo.

Além disso, os docentes selecionam e disponibilizam materiais de apoio, compostos de diferentes recursos com o objetivo de tornar significativa a aprendizagem e mediar a produção sistematizada de conhecimentos.

A Organização Didática do IFC prevê a integração curricular como uma opção metodológica, possibilitando ao estudante utilizar conceitos e referenciais teóricos das diferentes áreas do saber para compreender e refletir sobre a realidade em que está inserido. Prevê ainda que todos os cursos organizem uma arquitetura curricular flexível com componentes optativos e eletivos, oportunidades diferenciadas de integralização de curso e aproveitamento de estudos. Pensar um currículo integrado traz o desafio de assegurar o comprometimento com a formação omnilateral dos estudantes como sujeitos para a vida em sociedade.

A curricularização da pesquisa e da extensão é uma metodologia de ensino que se destaca no IFC, pois permite articular a pesquisa como princípio educativo, a extensão como ação dialógica e o ensino como síntese dos três processos. Integrar a pesquisa e a extensão ao desenvolvimento do ensino possibilita vivenciar práticas e saberes que extrapolam os esquemas tradicionais que compõem os currículos acadêmicos.

O Sistema de Avaliação Institucional do IFC orientar-se-á pelo dispositivo de Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, que instituiu o SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), representada no Instituto pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA), que tem suas diretrizes orientadas pela Resolução no 069 CONSUPER/2014. A avaliação integrará três modalidades, a saber:

● Avaliação das Instituições de Educação Superior, dividida em 2 etapas: autoavaliação (coordenada pela Comissão Própria de Avaliação – CPA) e avaliação externa (realizada pelas comissões designadas pelo MEC/INEP);

● Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG): visitas in loco de comissões externas;

● Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE): para iniciantes e concluintes, em amostras, com definição anual das áreas participantes.

A avaliação do Curso acontecerá por meio de dois mecanismos constituídos pelas avaliações externa e interna.

Avaliação Externa

A avaliação externa considerará o desempenho do Curso em relação ao mercado de trabalho, ao grau de satisfação do egresso e aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação (resultados do ENADE e da Avaliação das Condições de Ensino). A avaliação externa abrangerá, ainda:

● Pesquisa junto à sociedade civil organizada, com os quais o Curso desenvolve suas atividades, para verificar a adequação dessas atividades e o grau de satisfação dos mesmos.

● Pesquisa junto às empresas parceiras, que absorverá os egressos do Curso, para verificar o grau de satisfação da comunidade externa em relação ao desempenho dos mesmos.

● Pesquisa junto aos egressos, para verificar o grau de satisfação dos ex-alunos em relação às condições que o Curso lhes ofereceu e vem a lhes oferecer (formação continuada).

Avaliação Interna

A avaliação interna considera três conjuntos de elementos: as condições, os processos e os resultados:

● As Condições são compostas pelo corpo docente, corpo discente, corpo técnico-administrativo, infraestrutura, perspectiva utilizada na definição e organização do currículo, perfil profissional e as perspectivas do mercado de trabalho, estágios, efetiva participação de estudantes em atividades de pesquisa, extensão e monitoria, atratividade do curso e interação com áreas científicas, técnicas e profissionais e com a sociedade em geral;

● São considerados processos a interdisciplinaridade, a formação interdisciplinar, qualidade do corpo docente e sua adequação aos cursos de Graduação e Tecnológicos (domínio dos conteúdos, planejamento, comunicação, compromisso com o ensino, pesquisa, extensão, orientação/supervisão), avaliação da aprendizagem (critérios claros e definidos, relevância dos conteúdos avaliados, variedade de instrumentos, prevenção da ansiedade estudantil), estágio, interação da IES com a sociedade;

● Resultados são a capacitação global dos concluintes, o preparo do egresso para exercer funções profissionais (para executar atividades-tarefa típicas da profissão, aperfeiçoar-se continuamente), a qualidade do curso (relevância técnico-científica dos conteúdos pertinentes, desempenho em Pós-graduação/cursos típicos da carreira, adequação do currículo às necessidades futuras); análise comparativa (cursos da mesma área em outras instituições, outros cursos da mesma instituição).

A avaliação interna também poderá ser feita através da percepção dos professores do curso, representados pelo Colegiado do Curso, no que se refere ao desenvolvimento das disciplinas, e principalmente pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE). A avaliação pelo NDE e pelo Colegiado do Curso será feita pelos integrantes destas duas comissões. Serão realizadas coleta de dados junto aos servidores e discentes envolvidos no curso periodicamente para obter informações relativas aos elementos acima citados. São exemplos de itens a serem avaliados:

● Desempenho docente: clareza na comunicação, domínio da fundamentação teórica dos conteúdos, alinhamento com o pensamento científico, domínio da prática dos conteúdos (quando aplicável), efetividade das atividades avaliativas.

● Desempenho didático-pedagógico: em relação ao cumprimento dos objetivos, à integração dos conteúdos e componentes curriculares, aos procedimentos e materiais didáticos, bibliografia, aos aspectos atitudinais, aspectos filosóficos, aspectos éticos, ambiente, condições de trabalho e alinhamento com conhecimento científico.

● Desempenho discente: expressado pela participação nas atividades propostas nas componentes curriculares, pelo compromisso com o estudo, pela presença nos atendimentos, no cumprimento das atividades propostas pela instituição, pela participação nos projetos institucionais;

A Resolução no 069 do Conselho Superior de outubro de 2014 dispõe sobre as diretrizes para criação da Comissão Própria de Avaliação (CPA) dos campi do Instituto Federal Catarinense e em seu Cap. III, art. 7o, parágrafo 1° dispõe da constituição da CPA. De acordo com este documento, uma comissão será instituída em cada Campus – a Comissão Local de Avaliação (CLA) – com o objetivo de coordenar e articular o processo interno de avaliação, bem como sistematizar e disponibilizar informações e dados requeridos pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES.

A composição da CPA é constituída pelos representantes das CLA’s dos Campus, sendo que a CLA do Campus Blumenau segue as orientações do MEC conforme a Portaria no 2.051, de 9de julho de 2004. A CPA integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e atua com autonomia, no âmbito de sua competência legal, em relação aos conselhos e demais órgãos colegiados existentes na Instituição funcionando com o apoio do Departamento de Desenvolvimento Educacional do Campus.

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