Projeto Pedagógico do Curso

O perfil profissional do Engenheiro Agrônomo, segundo parecer do CNE no 306/2004 e a Resolução CNE/CES nº. 01, de 02 de fevereiro de 2006, deverá ter uma formação generalista, com sólido embasamento nas áreas fundamentais do conhecimento científico e técnico relacionado às ciências agrárias e do ambiente, sendo capaz de gerar e difundir conhecimentos científicos e técnicas agronômicas adequadas a promover o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro através de uma atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas de ordem humana, produtiva, científica e tecnológica, postando-se dentro das atribuições que a legislação profissional lhe confere de forma ética, observando aspectos culturais, políticos, sociais, ambientais e econômicos, proporcionando um desenvolvimento sustentável e contribuindo para a melhoria da sociedade.

De acordo com o artigo 5º da Resolução CNE/CES nº. 01, de 02 de fevereiro de 2006, o profissional deverá ter capacidade de adaptação, de modo flexível, crítico e criativo, às novas situações.

O profissional formado deverá estar apto a compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação aos problemas tecnológicos, sócio-econômicos, gerenciais e organizativos, bem como utilizar racionalmente os recursos disponíveis, além de conservar o equilíbrio do ambiente.

De acordo com o artigo 6º da Resolução CNE/CES nº. 01, de 02 de fevereiro de 2006, o Engenheiro Agrônomo formado pelo Campus Santa Rosa do Sul do IFC terá uma formação profissional que com as seguintes competências e habilidades (BRASIL, 2006):

a) projetar, coordenar, analisar, fiscalizar, assessorar, supervisionar e especificar técnica e economicamente projetos agroindustriais e do agronegócio, aplicando padrões, medidas e controle de qualidade;

b) realizar vistorias, perícias, avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres técnicos, com condutas, atitudes e responsabilidade técnica e social, respeitando a fauna e a flora e promovendo a conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água, com uso de tecnologias integradas e sustentáveis do ambiente;

c) atuar na organização e gerenciamento empresarial e comunitário interagindo e influenciando nos processos decisórios de agentes e instituições, na gestão de políticas setoriais;

d) produzir, conservar e comercializar alimentos, fibras e outros produtos agropecuários;

e) participar e atuar em todos os segmentos das cadeias produtivas do agronegócio;

f) exercer atividades de docência, pesquisa e extensão no ensino técnico profissional, ensino superior, pesquisa, análise, experimentação, ensaios e divulgação técnica e extensão;

g) enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mundo, do trabalho, adaptando-se às situações novas e emergentes.

Esse perfil de egresso será obtido ao longo do transcorrer do curso de Engenharia Agronômica por ocasião das aulas teóricas, práticas a campo e em laboratórios e atividades de pesquisa e extensão.

A área de atuação do egresso do Curso de Engenharia Agronômica é bastante ampla, indo desde atividades internas das unidades de produção até as atividades do meio urbano, incorporando áreas genéricas e específicas do conhecimento, incluindo esferas do ensino, pesquisa e extensão, supervisão, coordenação e orientação técnica.

O desempenho destas atividades refere-se à engenharia rural, (construções para fins rurais e suas instalações complementares; irrigação e drenagem para fins agrícolas); química agrícola; fitotecnia (melhoramento vegetal, ecologia e agrometeorologia, horticultura, plantas de lavoura); zootecnia (zimotecnia agropecuária; zootecnia, melhoramento animal, agrostologia; bromatologia, rações e nutrição animal); solos (pedologia/edafologia, manejo e conservação, fertilizantes, corretivos e condicionantes do solo; sistemas de culturas e de utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria; mecanização agrícola; implementos agrícolas); Defesa sanitária; Tecnologia de produtos agropecuários (tecnologia de armazenamento, transformação, beneficiamento e conservação de alimentos e produtos de origem animal e vegetal); Desenvolvimento agrário (crédito, economia e administração rural; sociologia e desenvolvimento rural; assistência técnica e extensão rural; políticas públicas para a agricultura e meio rural; legislação agrária e profissional); Ecologia e manejo do ambiente (recursos naturais renováveis e não renováveis; gestão e legislação ambiental).

Dessa forma, o campo de atuação amplo do profissional Engenheiro Agrônomo é resultado da formação, ao mesmo tempo, generalista com alguma especialização. Assim, esse perfil habilita o Engenheiro Agrônomo a atuar em áreas diversificadas como as da produção agropecuária tanto em grandes propriedades quanto em estabelecimentos familiares, agroindústrias, empresas públicas e privadas do ramo agropecuário e prestadoras de assistência técnica. Profissionalmente, o engenheiro agrônomo pode se estabelecer ainda como agente de serviços ou como autônomo, prestando assessoria, projetando, coordenando, supervisionando e implantando projetos de produção e comercialização agropecuária, nas empresas e unidades produtivas, buscando a valorização de postura empreendedora.

As práticas de ensino-aprendizagem baseiam-se em diferentes metodologias e utilização de tecnologias de informação, oportunizando o desenvolvimento pessoal e coletivo dos discentes. Plano de ensino, de aulas e conteúdos são disponibilizados no Sistema Acadêmico, utilizando-se de linguagem dialógica adequada ao público-alvo.

Além disso, os docentes selecionam e disponibilizam materiais de apoio, compostos de diferentes recursos com o objetivo de tornar significativa a aprendizagem e mediar a produção sistematizada de conhecimentos.

A Organização Didática do IFC prevê a integração curricular como uma opção metodológica, possibilitando ao estudante utilizar conceitos e referenciais teóricos das diferentes áreas do saber para compreender e refletir sobre a realidade em que está inserido. Prevê ainda que todos os cursos organizem uma arquitetura curricular flexível com componentes optativos e eletivos, oportunidades diferenciadas de integralização de curso e aproveitamento de estudos. Pensar um currículo integrado traz o desafio de assegurar o comprometimento com a formação omnilateral dos estudantes como sujeitos para a vida em sociedade.

A curricularização da pesquisa e da extensão é uma metodologia de ensino que se destaca no IFC, pois permite articular a pesquisa como princípio educativo, a extensão como ação dialógica e o ensino como síntese dos três processos. Integrar a pesquisa e a extensão ao desenvolvimento do ensino possibilita vivenciar práticas e saberes que extrapolam os esquemas tradicionais que compõem os currículos acadêmicos.

O sistema de avaliação do Curso de Engenharia Agronômica será baseado em avaliação externa e interna.

A avaliação externa adotará mecanismos do MEC, através do ENADE previsto pelo SINAES, e indiretamente pela sociedade onde estarão atuando os profissionais formados pela Instituição.

A avaliação interna será realizada pela Coordenação do Curso em conjunto com o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso. À Coordenação do Curso compete coordenar o processo de elaboração, execução e atualização do PPC, bem como supervisionar a realização das atividades acadêmicas previstas no mesmo. São competências do NDE elaborar, implantar, supervisionar e consolidar o Projeto Pedagógico do Curso em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), o PDI e o PPI do IFC, além de acompanhar todo processo didático-pedagógico, analisando os resultados do processo de ensino aprendizagem, observando o PPC.

O perfil do corpo docente também é um quesito de avaliação importante, conjuntamente com as instalações físicas e as condições e programas de atendimento aos acadêmicos. Serão ainda avaliados os aspectos pedagógicos do curso, como currículo, proposta de avaliação e acompanhamento, acessibilidade e permanência, conforme normativas do SINAES.

A avaliação interna deverá ser realizada também pela CPA, que organizará e/ou definirá os procedimentos e mecanismos adotados para a avaliação do curso. Esta comissão atua de acordo com seus critérios podendo buscar informações junto ao corpo docente ou discente, através de preenchimento de questionário próprio, questionamentos, diálogo e de informações documentais de evasão, rendimento escolar, egressos e outros. As avaliações da comissão serão anuais podendo ser realizadas a qualquer época do ano letivo.

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